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Conselho de Ética Aprova Relatório para Cassação de Glauber Braga com Votação de 10 a 2

Conselho de Ética Aprova Relatório para Cassação de Glauber Braga com Votação de 10 a 2
Gisele Henriques 12 setembro 2024 5 Comentários

Conselho de Ética Aprova Relatório Contra Glauber Braga

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados aprovou um relatório que recomenda a cassação do mandato do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ). A votação, realizada ontem, contou com o apoio de 10 membros do Conselho contra 2, configurando uma decisão majoritária em favor da perda do cargo de Braga. Este relatório foi apresentado pelo deputado Paulo Magalhães (PSD-BA) e está relacionado a um incidente controverso que ocorreu na Câmara dos Deputados.

O episódio em questão envolve a remoção física de um militante do Movimento Brasil Livre (MBL) por parte de Glauber Braga. Durante o ocorrido, o militante do MBL insultou Braga, chamando-o de 'burro' e proferindo ofensas à sua mãe, Saudade Braga, que foi prefeita de Nova Friburgo (RJ). Braga defendeu suas ações, alegando que o militante havia ameaçado uma mulher de 70 anos, mãe de um militante do PSOL, e continuava a provocar outras pessoas em locais públicos. No entanto, o Conselho de Ética considerou que as evidências apresentadas justificavam a continuidade do processo de cassação.

A sessão que deliberou sobre o relatório foi marcada por intensa pressão de militantes que apoiam a permanência de Braga em seu mandato. O parlamentar, que tem um forte histórico de ativismo e uma base de apoio significativa, enfrentou manifestantes e apoiadores que encheram as galerias da Câmara, demonstrando solidariedade ao deputado acusado. A pressão também se refletiu no debate interno do Conselho, onde defensores de Braga argumentaram que suas ações estavam dentro do limite aceitável de defesa pessoal e de terceiros ameaçados.

A decisão do Conselho de Ética deu a Braga um prazo de dez dias úteis para apresentar sua defesa formal, antes que qualquer procedimento adicional seja tomado pelo plenário da Câmara dos Deputados. Braga utilizou suas redes sociais para se defender publicamente, afirmando que a recomendação de cassação é injusta e que ele agiu em legítima defesa. Ele também reafirmou suas acusações contra o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), alegando que Lira está por trás de uma manobra política para retirá-lo do cargo. Paulo Magalhães, por outro lado, negou as alegações de Braga, sustentando que a imparcialidade do processo e as evidências são suficientes para justificar a cassação.

Apoio e Repercussões

O caso tem gerado ampla repercussão na mídia e dentro dos círculos políticos. Apoiado por vários colegas de partido e ativistas de movimentos sociais, Braga afirmou que não se deixará intimidar e que lutará por seu mandato e pela integridade de suas ações. Membros do PSOL e de outros partidos de esquerda têm prestado solidariedade, destacando a necessidade de um julgamento justo e imparcial.

O Movimento Brasil Livre, por sua vez, tem utilizado o incidente como exemplo de uma suposta intolerância política por parte da esquerda. O grupo argumenta que suas ações não justificam a reação de Braga e que o comportamento do deputado evidencia uma falta de decoro parlamentar.

Especialistas em direito parlamentar apontam que o caso de Glauber Braga levanta questões importantes sobre os limites do decoro parlamentar e a proteção de deputados contra situações de ofensa e agressão. A interpretação da legislação e das normas internas da Câmara dos Deputados será crucial para determinar o desfecho do processo.

Próximos Passos

Após a defesa de Glauber Braga, o Conselho de Ética deverá se reunir novamente para revisar os argumentos apresentados e decidir pela continuidade ou não do processo de cassação. Se aprovado pelo Conselho, o relatório é enviado ao plenário da Câmara, onde será necessário o voto favorável de pelo menos 257 dos 513 deputados para que a cassação seja efetivada. Em caso de rejeição, Braga manterá o seu mandato e uma forte mensagem política será enviada sobre a proteção de parlamentares em situações de conflito e agressão.

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Comentários (5)

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    Luciana Ferri setembro 14, 2024 AT 16:44
    Essa decisão é absolutamente legítima. O Conselho de Ética não pode tolerar agressões físicas, mesmo que haja provocação. A democracia não se sustenta com violência, e o fato de ele ser de esquerda não o torna imune às regras. A mãe dele foi prefeita? E daí? Isso não justifica agredir alguém em pleno plenário. Temos normas, e elas existem para serem aplicadas a todos, sem distinção. E se ele alega legítima defesa, que apresente provas concretas - não só alegações emocionais. O que vi foi um deputado perdendo o controle, e isso é inaceitável.
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    michele paes de camargo setembro 14, 2024 AT 21:33
    Eu acho que a gente precisa olhar com mais cuidado o contexto, porque esse tipo de situação não acontece em vácuo. O deputado Glauber tem uma história de luta contra o fascismo e a violência política, e o MBL é um grupo que se especializou em provocar, assediar e intimidar pessoas - especialmente mulheres e minorias - dentro da Câmara. A mulher de 70 anos que ele defendeu? Ela provavelmente foi alvo de ameaças reais, e não só de palavras. Aí, quando alguém reage, a gente chama de falta de decoro? Isso é um desvio de foco total. O verdadeiro problema é o ambiente tóxico que o sistema permite, e não o gesto isolado de alguém que tentou proteger uma idosa. A cassação vai só alimentar o discurso de que a esquerda é violenta, quando o que é violento é o silêncio diante do ódio organizado.
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    Adê Paiva setembro 16, 2024 AT 13:45
    ISSO AQUI É UMA VERDADEIRA FARSA! VOCÊS NÃO VEEM QUE ISSO É UM ATAQUE POLÍTICO DISFARÇADO DE ÉTICA? O Glauber é um dos poucos que não se curva, que não fica de joelhos pra quem manda lá em cima! O Arthur Lira tá por trás disso, isso é claro pra todo mundo que tem olhos! Eles querem silenciar vozes que incomodam, e o Glauber é uma delas! Aí, quando ele reage contra um provocador que veio lá só pra incendiar, aí é ‘falta de decoro’? Cadê o decoro deles que mandam bandidos pra dentro da casa do povo? Vai ser cassado? Que venha a cassação de todos os que usam o poder pra esmagar a voz do povo! Eu apoio Glauber, e não me importo se isso me torna ‘radical’ - porque radical é aceitar essa corrupção disfarçada de justiça!
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    Glenio Cardoso setembro 18, 2024 AT 02:53
    Você acha que ele agiu em legítima defesa? Então por que não usou o microfone? Por que não chamou a segurança? Por que não registrou o incidente? Porque ele queria o confronto. Ele queria ser o herói da esquerda, e usou a idosa como escudo moral. Isso é manipulação. O MBL é extremista, mas isso não justifica violência física. E vocês que defendem isso estão normalizando o que o bolsonarismo fazia: alegar que qualquer agressão é ‘resposta legítima’. Isso é o começo da anarquia. E se todo mundo resolver resolver conflitos com socos, onde fica a lei? Aí, quando alguém da direita fizer o mesmo, vocês vão dizer que é ‘legítima defesa’? Não, vão gritar ‘fascista’ - e isso é hipocrisia pura. A ética não é opcional, e ele quebrou a regra. Ponto.
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    Nova M-Car Reparação de Veículos setembro 18, 2024 AT 23:28
    Cassação? Sério? E o que fazem com os deputados que recebem propina em caixa dois? Os que usam o poder pra beneficiar empresas? Os que escondem fortuna no exterior? Aí, um deputado empurra um provocador que veio só pra gerar viral? Isso é o que chamam de justiça? Essa é a mesma justiça que perdoa corruptos e pune os que reagem. O sistema é viciado, e esse processo é só uma farsa para desviar atenção. Não tem nada a ver com ética. Tem tudo a ver com política de espetáculo. E vocês caem nisso como patos. Parabéns.

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