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Flamengo tem baixa de público no Norte e Nordeste em 2025 e só arranca recorde em São Luís

Flamengo tem baixa de público no Norte e Nordeste em 2025 e só arranca recorde em São Luís
Gisele Henriques 26 setembro 2025 17 Comentários

Por que as torcidas abandonaram os jogos do Flamengo no Nordeste?

A viagem do Flamengo pelo Norte e Nordeste neste início de 2025 acabou sendo bem mais fraca do que a expectativa dos dirigentes. Em quatro partidas, a média de público ficou em 11.295 torcedores, números que contrastam fortemente com a temporada passada, quando estádios ficaram quase cheios.

O principal motivo apontado pelos próprios analistas internos são os preços das passagens. Como o confronto foi vendido a uma empresa terceira, foram eles que definiram os valores dos ingressos, que ficaram bem acima do que a maioria dos torcedores da região está disposta a pagar. A combinação de preço alto com um time de reservas – maioria dos atletas da base ou fora de planos – fez o público enxergar o evento como pouco atrativo.

Além disso, a nova diretoria liderada por Bap herdou contratos negociados durante a gestão de Rodolfo Landim. Mesmo não concordando com os termos, eles tiveram pouca margem para renegociar, já que os acordos previam pagamento fixo para ambas as equipes e não permitiam alteração de valores de ingressos.

Os números concretos reforçam a tese: em Aracaju, contra o Boavista, apenas 3.793 torcedores compareceram, gerando R$ 348.600 de receita em um jogo que terminou em derrota por 2 a 1. Em Campina Grande, contra o Madureira, o público foi de 3.614, arrecadando R$ 292.980 e resultando em um empate sem gols. A única exceção foi a partida em São Luís, onde 33.077 fãs lotaram o estádio e o clube recebeu mais de R$ 3 milhões com a vitória de 5 a 0 sobre o Bangu.

Consequências para o clube e lições para a próxima temporada

Consequências para o clube e lições para a próxima temporada

Esses números têm duas implicações claras. Primeiro, a relação com a torcida da região sofre um golpe: muitos torcedores associam preços abusivos ao próprio clube, sem perceber que a decisão foi tomada por terceiros. Esse entendimento pode gerar desconfiança e afastamento nos próximos jogos, caso a diretoria não revitalize a política de preços.

  • Reavaliar contratos de venda de jogos, buscando cláusulas que permitam ajustes de acordo com a realidade local.
  • Planejar escalações que incluam jogadores mais reconhecidos, mesmo que em partidas consideradas menos decisivas, para atrair mais público.
  • Implementar campanhas de comunicação que deixem clara a origem dos valores dos ingressos, reduzindo o sentimento de exploração.

Segundo, a baixa de receita impacta diretamente o caixa do clube. Enquanto em 2024 a mesma turnê gerou cerca de R$ 1 milhão e lotou estádios como Almeidão (João Pessoa) e Arena das Dunas (Natal), em 2025 o retorno foi muito menor, mesmo com o único jogo bem-sucedido em São Luís.

Dentro da gestão atual, a falta de presença de José Boto nos deslocamentos evidencia uma postura mais distante da diretoria com essas partidas. Isso pode ser interpretado pelos torcedores como falta de interesse do clube em suas regiões, reforçando a necessidade de maior engajamento institucional.

Em resumo, a turnê de 2025 serviu de alerta para o Flamengo: preço, elenco e comunicação são peças chave para manter a paixão dos torcedores, sobretudo fora do Rio de Janeiro. O próximo calendário deve levar essas lições em conta, caso o clube queira transformar os estádios do Norte e Nordeste de volta em verdadeiros templos da sua torcida.

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Comentários (17)

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    Andrea Silva setembro 27, 2025 AT 04:40
    No Nordeste, o povo não vai pagar R$ 300 num jogo com time de reserva só porque o Flamengo é o Flamengo. É amor, mas não é burrice. Eles querem ver o Rubro-Negro de verdade, não uma equipe de treino com camisa emprestada.
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    Carlos Heinecke setembro 28, 2025 AT 12:04
    Essa diretoria tá mais preocupada em fechar contrato com empresa de terceiros do que em ouvir o torcedor. Sério? Vão vender um jogo em Aracaju e nem mandar um jogador conhecido? Tá querendo que a torcida se apaixone por um time de futebol de várzea? 🤡
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    Adylson Monteiro setembro 29, 2025 AT 21:35
    Ah, claro... o problema é o preço. Mas e a falta de identidade? O Flamengo tá virando uma marca de marketing, não um clube. O povo do Nordeste não esquece quando o clube se esquece deles. E isso aqui é só a ponta do iceberg. Vai virar um desastre de imagem, e ninguém vai querer ouvir isso da diretoria.
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    Talita Gabriela Picone outubro 1, 2025 AT 08:54
    A gente sabe que o Flamengo é grande, mas a torcida do Nordeste também é grande. E ela merece respeito. Não é só questão de preço, é questão de sentimento. Se o clube mostrar que se importa, o povo volta. A gente acredita nisso.
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    Ezequias Teixeira outubro 1, 2025 AT 10:16
    Tem gente que acha que só porque o Flamengo é campeão, todo mundo vai pagar o que quiser. Mas no Nordeste, o futebol é vida. Se o time não representa nada, o torcedor não vai. E isso não é só sobre dinheiro. É sobre pertencimento.
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    Bruno Goncalves moreira outubro 2, 2025 AT 03:01
    Só fiquei chocado com São Luís. 33 mil pessoas? Isso prova que quando o clube faz direito, o povo responde. O problema não é a região, é a estratégia. Eles sabem o que fazer. Só não querem fazer.
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    ivete ribeiro outubro 2, 2025 AT 10:07
    O Flamengo tá virando uma multinacional de futebol com sede no Rio e sede de lucro em qualquer lugar. E o torcedor? Ele é só um número no balanço. Quando você vende um jogo como se fosse um show de pagode com ingresso de R$ 400, você não quer torcida... você quer caixa. 💸
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    Gabriela Oliveira outubro 4, 2025 AT 00:38
    Vocês não percebem? Isso é tudo planejado. A diretoria quer que a torcida do Nordeste se afaste para justificar a venda do clube. Eles já têm comprador. Essa turnê foi um teste de resistência. Se o povo não compareceu, é porque estão prontos para vender. Aí vem o novo dono, corta tudo e diz que ‘o Flamengo precisa ser moderno’. E o povo? Vira lixo.
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    Aline de Andrade outubro 4, 2025 AT 09:16
    O modelo de venda de jogos por terceiros é um erro estrutural. É como ter um gerente de loja que não conhece o cliente. Aí você vende o produto errado, com preço errado, e depois se espanta que ninguém compre. É lógico, não é mágica.
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    Amanda Sousa outubro 5, 2025 AT 20:35
    O que o Nordeste quer é ver o Flamengo como parte da sua cultura, não como um evento turístico. Em Salvador, em Recife, em Fortaleza... o clube tem raízes. Mas quando você manda um time de juvenis e cobra o preço de um jogo de final de Libertadores, você está dizendo que não valoriza essa ligação.
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    Elaine Gordon outubro 7, 2025 AT 09:38
    A análise apresentada é tecnicamente sólida. Os fatores econômicos, logísticos e de percepção de valor estão claramente interligados. A ausência de jogadores de referência, aliada à rigidez contratual e à falta de comunicação estratégica, configura um modelo de gestão insustentável. Recomenda-se revisão imediata do protocolo de negociação de partidas fora do eixo Rio-São Paulo.
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    Fabiano Oliveira outubro 9, 2025 AT 00:36
    A frase 'o clube recebeu mais de R$ 3 milhões' é tecnicamente incorreta. O valor arrecadado é bruto. O líquido, após descontos, impostos e repasses, é bem menor. Mas isso não muda o ponto central: o clube falhou na gestão da experiência do torcedor.
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    Evandro Argenton outubro 10, 2025 AT 15:29
    E o Bap? Onde ele tá? Ele tá no Rio, no seu escritório, olhando o balanço. Mas o torcedor de São Luís tá no estádio, com o filho no colo, esperando ver o Flamengo. E o que ele vê? Um time de reserva. Isso dói. E não é só dinheiro. É orgulho.
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    Mayra Teixeira outubro 12, 2025 AT 00:54
    O Flamengo não é só um time é um sentimento e quando você vende o sentimento por dinheiro você perde tudo
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    Francielly Lima outubro 14, 2025 AT 00:05
    É lamentável que um clube com a tradição do Flamengo tenha se reduzido a uma operação comercial desprovida de ética esportiva. A exploração do torcedor nordestino, sob o pretexto de lucro, constitui uma violação moral inaceitável. A diretoria deve ser responsabilizada imediatamente.
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    Carla P. Cyprian outubro 14, 2025 AT 05:25
    A análise do impacto da comunicação institucional na percepção do torcedor é pertinente. Contudo, a ausência de dados quantitativos sobre o retorno de investimento em campanhas de marketing pré-jogo limita a conclusão. Recomenda-se a implementação de um estudo de caso controlado para validação.
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    Vanessa Aryitey outubro 15, 2025 AT 21:43
    Você acha que isso é só sobre preço? Isso é sobre poder. O Flamengo não quer torcedor do Nordeste. Ele quer um torcedor que obedeça, que pague sem reclamar, que não questione. Se você não é rico e não vive no Rio, você não é bem-vindo. Eles não querem torcida. Eles querem escravos com camisa.

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