O termo estupro coletivo aparece cada vez mais nas notícias, mas muita gente ainda tem dúvidas sobre o que realmente acontece e o que a lei prevê. Vamos explicar de forma simples, sem enrolação, para que você saiba identificar a situação, orientar quem precisa e agir corretamente.
Em resumo, estupro coletivo ocorre quando duas ou mais pessoas abusam sexualmente de outra, sem consentimento. Não importa se o agressor é homem ou mulher, o que importa é a falta de permissão da vítima e a presença de mais de um autor. Essa prática pode acontecer em festas, eventos privados, locais públicos ou até dentro de casa.
No Brasil, o crime está tipificado no Código Penal (art. 213) e a Lei Maria da Penha aumenta a proteção quando a vítima é mulher. Quando há mais de um agressor, a pena pode ser aumentada, porque a violência se torna mais grave. Além da prisão, o autor pode perder direitos, ter que pagar multa e ainda ficar com o nome inscrito em registros de crimes sexuais.
É importante lembrar que a vítima não precisa provar que houve “violência física” para que o crime seja reconhecido. O simples fato de não ter consentido já basta. Caso alguém tente culpar a vítima ou minimizar a situação, isso pode ser considerado crime de tentativa de impunidade.
Se você ou alguém que você conhece está passando por esse tipo de violência, o primeiro passo é procurar a delegacia mais próxima ou ligar para o 180 (Central de Atendimento à Mulher). O atendimento é gratuito, sigiloso e a polícia tem obrigação de abrir o inquérito.
Leve documentos que ajudem a comprovar a ocorrência: mensagens, fotos, vídeos, testemunhas. Não se preocupe se não houver muita prova física; o relato da vítima tem peso jurídico. Se preferir, procure o Ministério Público ou um defensor público, eles podem acompanhar o caso de perto.
Além da polícia, existem serviços de apoio psicológico e jurídico. O Centro de Referência da Mulher (CRAM) oferece atendimento gratuito e orienta sobre direitos, assistência médica e psicológica. ONGs como a Casa da Mulher Brasileira também disponibilizam salas de acolhimento e encaminhamentos para terapia.
Buscar ajuda não significa que tudo vai ser resolvido imediatamente, mas é o primeiro passo para interromper a violência e garantir que o agressor responda na justiça.
Se você ainda tem dúvidas, converse com um advogado ou procure a defensoria pública. Não fique em silêncio; a sua voz pode impedir que outras pessoas passem pelo mesmo trauma.
Lembre‑se: o estupro coletivo é crime grave e tem punição prevista na lei. Denunciar, apoiar a vítima e buscar informações são atitudes que fazem a diferença. Compartilhe este conteúdo com quem precisa e ajude a criar um ambiente mais seguro para todos.
O sistema judiciário negou mais um recurso da defesa do ex-jogador Robinho, que buscava a redução de sua pena. Robinho cumpre uma sentença de nove anos de prisão por estupro coletivo na Itália em 2013. Sua defesa argumenta que o crime não deveria ser classificado como hediondo no Brasil, pois 'estupro coletivo' não está explicitamente listado como crime hediondo na lei brasileira.
A Justiça de São Paulo rejeitou o pedido da defesa do ex-jogador Robinho para reduzir sua pena pelo crime de estupro coletivo ocorrido em Milão. Robinho está preso desde março, e a decisão mantém a sentença inalterada, sendo vista como um revés para a equipe legal do ex-atleta.