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Justiça Rejeita Novo Recurso de Defesa de Robinho para Redução de Pena

Justiça Rejeita Novo Recurso de Defesa de Robinho para Redução de Pena
Gisele Henriques 5 setembro 2024 16 Comentários

Justiça Rejeita Novo Recurso de Defesa de Robinho para Redução de Pena

Em uma decisão recente, o sistema judiciário voltou a negar um recurso da defesa do ex-jogador de futebol Robinho, que buscava a redução de sua pena. Robinho, que atualmente cumpre uma sentença de nove anos de prisão em Tremembé II, São Paulo, foi condenado por estupro coletivo ocorrido na Itália em 2013. A defesa do atleta argumentou que, apesar da homologação da sentença italiana pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), o crime não deveria ser classificado como hediondo no Brasil, uma vez que o 'estupro coletivo' não está explicitamente listado como tal na legislação brasileira.

Argumentos da Defesa

A defesa de Robinho baseou seu recurso no fato de que a mera homologação da sentença italiana pelo STJ não seria suficiente para conferir status de crime hediondo à ação. Em maio deste ano, foi apresentado um apelo nesse sentido, alegando-se que a categorização do crime deveria ser revista, com base na diferença legal entre 'estupro' e 'estupro coletivo'. Os advogados do ex-jogador sustentaram que, enquanto a legislação brasileira reconhece o estupro como crime hediondo, a tipificação de 'estupro coletivo' não consta explicitamente como tal, sugerindo uma lacuna que justificaria a reavaliação da pena.

Contudo, essa argumentação não foi suficiente para convencer o tribunal, que rejeitou o recurso e manteve a sentença original. Esta não é a primeira tentativa fracassada de Robinho e sua defesa de alterar os desdobramentos de sua condenação. Em abril, um pedido de habeas corpus ao Supremo Tribunal Federal (STF) também foi negado pelo ministro Luiz Fux. Desde março deste ano, Robinho permanece detido na Penitenciária 'Dr. José Augusto Salgado' em Tremembé II, após decisão do STJ que determinou que a sentença imposta na Itália deveria ser cumprida no Brasil.

Repercussão da Decisão

A decisão do tribunal reforça a postura rigorosa do Judiciário brasileiro em relação aos crimes sexuais e suas consequências. A rejeição do recurso de Robinho também destaca a complexidade das interpretações legais, especialmente no que tange à transposição de sentenças internacionais para o contexto jurídico nacional. Especialistas no campo do direito criminal comentam que, embora haja nuances diferenciando estupro e estupro coletivo, ambos os crimes envolvem uma violência grave contra a dignidade e a integridade física da vítima, o que justifica a manutenção de uma perspectiva punitiva severa.

O caso de Robinho também trouxe à tona debates significativos sobre a adequação e a atualização da legislação brasileira no que diz respeito à classificação de crimes hediondos. Enquanto alguns juristas defendem que a lei deve ser mais clara e incluir explicitamente todas as formas de violência sexual como crimes hediondos, outros argumentam que a interpretação atual já abrange os atos mais atrozes, independentemente do número de agressores envolvidos.

Opinião Pública

A repercussão do caso também se fez sentir fortemente na opinião pública. Robinho, que anteriormente desfrutava de uma carreira de grande sucesso no futebol, tendo jogado por clubes renomados como Real Madrid, Manchester City e Santos, viu sua imagem pública desmoronar. O escândalo e a subsequente condenação dele abalaram seus fãs e seguidores, gerando uma série de reações emocionais e polarizadas. A continuidade do cumprimento de sua pena no Brasil, longe de representar um alívio, acabou por intensificar o escrutínio social e midiático em torno de sua figura.

É inegável que crimes de natureza sexual geram uma forte repulsa e clamam por justiça. A manutenção da pena de Robinho pode ser vista como uma mensagem clara de que a sociedade e as instituições jurídicas não tolerarão tais ações, independentemente do status ou da fama do agressor.

Futuro do Processo

Com a repetida negativa aos recursos apresentados, as possibilidades legais para que Robinho obtenha alguma redução de pena ou revisão significativa de sua sentença parecem mais limitadas. Resta saber se a defesa do ex-jogador buscará outras vias jurídicas ou se restarão novas estratégias a serem utilizadas neste complexo processo.

De todo modo, o desenrolar desse caso continuará sendo acompanhado de perto tanto pela mídia quanto pelo público, permanecendo como um exemplo emblemático dos desafios legais e sociais relacionados aos crimes sexuais e à violência de gênero no Brasil e no exterior.

Reflexões Finais

Este episódio também lembra a todos da importância de uma legislação clara e coerente que proteja as vítimas e puna rigorosamente os agressores. A justiça deve servir como um pilar de segurança e confiança para a sociedade, mostrando que não haverá impunidade para atos de extrema violência e desrespeito aos direitos humanos.

Para Robinho, mais um recurso é negado, mais uma chance desperdiçada de reverter sua situação. Para a sociedade, fortalece-se a importância de continuar lutando contra a violência sexual e garantindo que a justiça seja feita, sem concessões.

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O sistema judiciário negou mais um recurso da defesa do ex-jogador Robinho, que buscava a redução de sua pena. Robinho cumpre uma sentença de nove anos de prisão por estupro coletivo na Itália em 2013. Sua defesa argumenta que o crime não deveria ser classificado como hediondo no Brasil, pois 'estupro coletivo' não está explicitamente listado como crime hediondo na lei brasileira.

Comentários (16)

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    Guilherme Peixoto setembro 7, 2024 AT 04:46
    Cara, o que mais me choca é ver como a gente ainda discute se isso é hediondo ou não... É estupro coletivo, ponto. Ninguém merece isso, nem mesmo quem fez gol na final. 😔
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    michele paes de camargo setembro 7, 2024 AT 13:13
    Essa decisão me trouxe um alívio profundo, sabe? Porque quando a gente vê alguém tão famoso sendo julgado e ainda tentando se esquivar com tecnicismos legais, parece que a justiça tá sendo comprada... Mas não foi dessa vez. A pena foi mantida, e isso é um sinal de que a sociedade não tá mais disposta a tolerar esse tipo de violência, mesmo que o agressor tenha sido um ídolo. A gente precisa de exemplos assim, pra mostrar que o corpo da mulher não é propriedade de ninguém. 💪❤️
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    Adê Paiva setembro 8, 2024 AT 15:15
    NÃO VAMOS TOLERAR ISSO NÃO! 🚫🔥 Robinho era o cara que a gente torcia, que a gente admirava... Mas ele virou um símbolo de tudo que tá errado com essa cultura de impunidade. E se ele tivesse sido um cara comum, seria a mesma coisa? Será que a gente ia discutir se o crime é hediondo ou não? NÃO! A gente só gritaria: JUSTIÇA! E é isso que tá acontecendo agora. A justiça tá falando mais alto que o aplauso do estádio. 🙌
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    Glenio Cardoso setembro 10, 2024 AT 08:21
    Essa defesa é ridícula. 'Estupro coletivo não tá na lista'? Então se 5 caras estupram uma mulher ao mesmo tempo, é menos grave que se um só fizer? Isso é o que a lei diz? Ou é só o que os advogados querem que a gente acredite? A lei é feita pra proteger a vítima, não pra dar brecha pra bandido se esconder atrás de palavras. Essa gente tá tentando reescrever a história com jargões. Não vai rolar.
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    Nova M-Car Reparação de Veículos setembro 11, 2024 AT 08:37
    Tá vendo? Isso é o que acontece quando a esquerda quer igualar tudo. Estupro é estupro. Se você tem 1 ou 10, o dano é o mesmo. A lei tá atrasada, mas o povo não. A gente já sabe que isso é crime hediondo, mesmo que o STJ ainda esteja na era do disco de vinil. Vai ter que mudar a lei? Talvez. Mas enquanto isso, a pena tá certa. E Robinho tá onde merece: atrás das grades.
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    Camila Lasarte setembro 13, 2024 AT 01:01
    Essa decisão é um exemplo de que o Brasil ainda tem alguma dignidade. Enquanto outros países deixam celebridades escaparem com multa e foto na capa da revista, aqui a justiça não cedeu. Robinho é um exemplo de como a fama não protege de nada quando você viola o básico da humanidade. Isso aqui é Brasil, e não Hollywood.
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    EDMAR CALVIS setembro 14, 2024 AT 05:49
    A questão central aqui não é se 'estupro coletivo' está listado como hediondo - é se a gravidade da violação é proporcional à pena. A jurisprudência brasileira já consolidou, desde o caso da menina de 13 anos em Pernambuco, que qualquer violência sexual em grupo é, por sua natureza, mais atroz, e portanto, deve ser tratada como hedionda. A defesa está tentando desviar o foco da dor da vítima para uma discussão semântica - o que é moralmente inaceitável. A lei não é um dicionário; é um instrumento de justiça.
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    Jonatas Bernardes setembro 14, 2024 AT 17:21
    Você já parou pra pensar que talvez a justiça esteja sendo usada como um espetáculo? Robinho virou um bode expiatório pra toda a sociedade que se recusa a olhar pra dentro. A gente esquece que o futebol brasileiro é construído sobre corpos explotados, meninas vendidas, e mulheres silenciadas... E agora que um ídolo foi pego, aí sim a justiça aparece. Mas e os outros? E os que nunca viraram manchete? A gente só quer vingança, não mudança. 😒
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    Rodrigo Serradela setembro 16, 2024 AT 03:04
    Essa decisão é um passo enorme. Muitos vão dizer que é só um jogador, mas não é. É um símbolo. E quando um símbolo é punido, outros pensam duas vezes. Isso é o que a gente precisa: exemplos. Não é sobre ódio, é sobre respeito. A gente tem que ensinar às novas gerações que fama não dá direito de violar. E isso aqui é um começo. 👏
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    yara alnatur setembro 17, 2024 AT 03:38
    A gente tá vivendo um momento histórico aqui. A Itália condenou, o STJ homologou, e agora o tribunal rejeitou o recurso com base na gravidade real do crime - não na lista de crimes hediondos. Isso é evolução. A lei tá atrás da realidade, mas a justiça tá tentando correr atrás. E isso é lindo. Porque a vítima não é um detalhe na sentença. Ela é o centro. E isso, finalmente, tá sendo reconhecido. 🌱
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    Jefferson Ferreira setembro 17, 2024 AT 20:21
    Vamos ser honestos: se esse fosse um cara comum, ninguém nem ia discutir. Mas como ele foi jogador de futebol, aí vira um caso de 'direitos humanos' e 'interpretação legal'. Isso é o que o sistema faz: protege o poder. Mas hoje, o sistema acertou. E isso é raro. Parabéns à justiça por não se render à fama. Ainda tem esperança.
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    João Armandes Vieira Costa setembro 19, 2024 AT 16:35
    estupro coletivo n ta na lista? entao se 3 caras fizerem é menos grave q 1? kkkkkk
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    Beatriz Avila setembro 19, 2024 AT 18:55
    Essa decisão é parte de um plano global pra desmontar a cultura do futebol brasileiro. Os mesmos que querem acabar com os clássicos agora querem destruir ídolos. Eles usam a justiça como arma ideológica. A Itália tem uma lei diferente, e o STJ não deveria ter homologado. Isso é colonialismo jurídico. Eles querem nos fazer acreditar que nossa cultura é inferior. Robinho é vítima de um sistema que odeia o sucesso nacional. 🤫
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    Joana Elen setembro 19, 2024 AT 20:48
    Você acha que isso é só sobre Robinho? Não. É sobre o que acontece quando mulheres denunciam. Elas são desacreditadas, ameaçadas, processadas. E agora que um homem famoso foi pego, aí sim a justiça aparece. Mas e as outras? As que não têm vídeo, não têm fama, não têm voz? Elas continuam invisíveis. Isso aqui é só um espetáculo pra distrair a gente do sistema que continua o mesmo.
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    alcides rivero setembro 20, 2024 AT 13:36
    Brasil tá virando país de esquerda? Tá deixando o mundo dizer o que é crime aqui? A Itália tem leis estranhas, e agora a gente tem que seguir? Nossa lei é a nossa lei. Robinho não fez nada que não fosse comum no futebol. Essa sentença é uma humilhação pra nação. Eles querem nos envergonhar por sermos brasileiros. Não vamos aceitar isso!
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    RONALDO BEZERRA setembro 21, 2024 AT 09:35
    A decisão judicial, em conformidade com os princípios da legalidade, da proporcionalidade e da dignidade da pessoa humana, ratifica a jurisprudência consolidada do Superior Tribunal de Justiça, que, ao homologar sentença estrangeira, não se limita à mera transposição lexical, mas à análise substantiva da conduta, considerando a gravidade intrínseca do delito, independentemente da nomenclatura legal estrangeira ou nacional. A negativa do recurso é, portanto, ato de coerência axiológica e de preservação da ordem jurídica republicana.

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