Se a palavra "cardiomiopatia" parece complicada, relaxa: é só um termo médico para descrever um problema no músculo do coração. A dilated cardiomiopatia acontece quando o ventrículo esquerdo (ou, às vezes, o direito) aumenta demais e fica fraco, dificultando o bombeamento do sangue. O resultado? Cansaço, falta de ar e, em casos mais graves, insuficiência cardíaca.
Não existe uma única causa que explique todos os casos. Algumas pessoas nascem com predisposição genética – mutações nos genes que controlam o músculo cardíaco podem deixar o coração mais vulnerável. Outras desenvolvem a doença por causa de:
Fatores como hipertensão mal controlada e diabetes também podem acelerar o desgaste. Se você tem histórico familiar de problemas cardíacos, vale a pena conversar com o médico sobre exames preventivos.
O diagnóstico começa com a avaliação dos sintomas e um exame físico. O médico costuma pedir um eletrocardiograma (ECG) para ver como o coração está batendo e, principalmente, um ecocardiograma. Essa imagem mostra o tamanho das câmaras cardíacas e a força de contração. Em casos mais complexos, podem ser usados exames de ressonância magnética ou cateterismo.
Quando a doença já está avançada, o tratamento foca em aliviar os sintomas e evitar que a situação piore. As principais estratégias incluem:
Além do tratamento médico, mudar hábitos de vida tem grande impacto. Reduzir o consumo de álcool, evitar fumo, controlar o peso e fazer atividade física regular são passos simples que fazem diferença.
Se você notou falta de ar ao subir escadas, inchaço nos tornozelos ou cansaço excessivo, não deixe pra depois. Marque uma consulta, peça o ecocardiograma e, se necessário, siga as orientações do especialista. A dilated cardiomiopatia pode ser gerenciável, e o diagnóstico precoce é a chave para viver bem.
Ficou com alguma dúvida? Pergunte ao seu cardiologista, ele pode adaptar o plano de tratamento ao seu caso específico e ajudá‑lo a retomar a rotina com mais energia.
Anne-Marie Garnero, filha da modelo Schynaider Moura, faleceu aos 16 anos após parada cardíaca em São Paulo. Diagnosticada com dilated cardiomiopatia, recebeu um transplante cardíaco em 2022 e inspirou o apresentador Faustão. Seu caso reacende o debate sobre doação de órgãos e os desafios dos jovens pacientes cardíacos.