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Anne-Marie Garnero: a dolorosa luta de uma adolescente após transplante cardíaco

Anne-Marie Garnero: a dolorosa luta de uma adolescente após transplante cardíaco
Gisele Henriques 23 setembro 2025 0 Comentários

Do diagnóstico ao transplante: a jornada de Anne-Marie

Em 2020, aos 11 anos, Anne-Marie Garnero recebeu o diagnóstico de dilated cardiomiopatia, uma doença que deixa o ventrículo esquerdo ampliado e fraco. Os primeiros sinais – cansaço extremo ao subir escadas e falta de ar ao brincar – foram rapidamente acompanhados por duas paradas cardíacas antes dos 13 anos.

Depois de mais de trinta dias internada, a família optou por um transplante de coração. Em junho de 2022, a adolescente passou pela cirurgia em um dos maiores centros de transplantes do país. A operação foi considerada bem-sucedida e, ao retornar para casa, Anne-Marie retomou as rotinas escolares e até gravou vídeos com a mãe, Schynaider Moura, para incentivar a doação de órgãos.

Impacto na mídia e na conscientização sobre doação de órgãos

Impacto na mídia e na conscientização sobre doação de órgãos

O caso ganhou força nacional quando o apresentador Fausto Silva – Faustão – revelou que a história de Anne-Marie o inspirou a buscar seu próprio transplante em 2023. "Ela foi minha motivação", afirmou Faustão, destacando a vitalidade da jovem mesmo após o procedimento.

Em junho de 2025, Schynaider compartilhou nas redes um vídeo gravado em 2023, mostrando mãe e filha refletindo sobre a saída do hospital e a importância de salvar vidas por meio da doação. O material fez milhares de visualizações e reacendeu o debate sobre a escassez de corações disponíveis no Brasil.

Segundo o Registro Brasileiro de Transplantes, até setembro de 2025, apenas 289 transplantes de coração foram realizados no país. A taxa de doadores ainda é baixa, e a maioria dos receptores são adultos; casos como o de Anne-Marie são raros e demandam grande sensibilidade na escolha de doadores compatíveis.

Especialistas explicam que, embora o transplante seja a última linha de defesa quando medicamentos falham, ele traz riscos constantes: rejeição do órgão, necessidade de imunossupressores vitalícios e a possibilidade de arritmias. Mesmo com acompanhamento rigoroso, pacientes jovens permanecem vulneráveis a eventos inesperados, como a parada cardíaca que vitimou Anne-Marie em 21 de setembro de 2025.

A morte da adolescente, confirmada pelo tio Álvaro Garnero, provocou uma onda de pesar nas redes sociais e entre colegas de profissão da mãe, que também é figura pública. Mensagens de apoio surgiram de atletas, médicos e influencers, todos apontando para a urgência de políticas que incentivem a doação de órgãos e melhorem o acesso a transplantes pediátricos.

Enquanto o Brasil busca ampliar a lista de doadores, a história de Anne-Marie permanece como um lembrete doloroso de que cada coração doado pode mudar mais de uma vida – ou salvar uma vida que ainda tem muito a viver.

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