Se você gosta de cinema independente e curte performances que deixam a marca, provavelmente já cruzou com o nome Brady Corbet em algum roteiro. Nascido em 1990, nos Estados Unidos, Brady começou a atuar ainda adolescente e, em menos de duas décadas, fez a transição de ator para diretor, provando que talento pode ser versátil.
Ele ganhou notoriedade ao interpretar Martha Marcy May Marlen (2011), um drama intenso de identidade que lhe rendeu elogios da crítica. A partir daí, a lista de projetos cresceu, trazendo papéis que vão de The Tree of Life a The Killing of a Sacred Deer, sempre com aquele toque de mistério que atrai o público mais exigente.
O primeiro grande salto foi em "Martha Marcy May Marlen", onde Corbet interpretou o namorado do protagonista, mostrando uma sensibilidade que poucos jovens atores conseguem. Depois, ele trabalhou com Terrence Malick em The Tree of Life (2011), permitindo-lhe absorver a filosofia de filmagem de um mestre.
Em The Killing of a Sacred Deer (2017), de Yorgos Lanthimos, Brady assumiu o papel de Martin, um jovem médico que enfrenta dilemas morais difíceis. Sua performance fria, porém humana, chamou a atenção de festivais internacionais e consolidou sua reputação como ator de escolha para diretores que buscam algo fora do mainstream.
Outros títulos que marcaram sua trajetória incluem The Sisters Brothers (2018), onde ele aparece como um pistoleiro inquietante, e Escobar: Paradise Lost (2014), ao lado de Shia LaBeouf. Cada filme acrescentou uma camada ao seu repertório, mostrando que ele não tem medo de papéis complexos.
Depois de anos diante das câmeras, Brady decidiu assumir a cadeira do diretor. Seu primeiro longa‑metraje, The Last Film (2018), trouxe uma visão crua da indústria cinematográfica, misturando ficção e realidade de forma ousada. O filme foi bem recebido em festivais como o de Cannes, destacando coragem narrativa e um estilo visual que mistura handheld com planos estáticos.
Além do longa, Corbet produziu curtas como Twisted (2014) e All the Objects Are (2018), experimentando com ritmo e som para criar atmosferas quase hipnóticas. Ele frequentemente fala sobre a importância de dar voz a narrativas que fogem ao padrão de Hollywood, algo que reflete tanto em suas escolhas de elenco quanto nos temas abordados.
Como diretor, ele também se destaca por trabalhar com equipes pequenas, incentivando a colaboração e a improvisação. Esse approach gera filmes que parecem conversas íntimas, aproximando o espectador da tela de forma quase pessoal.
Se você ainda não deu uma olhada no trabalho de Brady Corbet, comece por The Killing of a Sacred Deer – a atuação dele lá mostra por que ele vale a pena ser lembrado. Depois, dê um play em The Last Film para entender como ele traduz seu olhar de ator para a direção. Cada peça revela um pouco mais da sua visão única sobre contar histórias.
Em resumo, Brady Corbet é um nome que segue crescendo, tanto nas telas quanto atrás das câmeras. O melhor de tudo? Ele ainda tem muitos projetos pela frente, prometendo continuar surpreendendo quem acompanha o cinema de verdade.
O Brutalista, dirigido por Brady Corbet, é um dos filmes mais esperados de 2025. Estreando em fevereiro, o drama aborda migração e identidade através da jornada de um arquiteto e sua esposa nos EUA pós-guerra. Com Adrien Brody no elenco, o filme obteve 10 indicações ao Oscar, incluindo Melhor Filme, e está programado para entrar em streaming em maio.