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Sexta-feira 13: Entenda por que essa data é vista como símbolo de azar

Sexta-feira 13: Entenda por que essa data é vista como símbolo de azar
Gisele Henriques 14 junho 2025 16 Comentários

O Mito da Sexta-feira 13: De Onde Vem o Medo?

Você já sentiu um arrepio ao ver a data sexta-feira 13 no calendário? Esse calafrio não é só coisa da sua cabeça. A fama de sexta-feira 13 como símbolo máximo do azar foi construída aos poucos, misturando lendas, religião e até perseguições históricas.

Vamos fechar o círculo começando pelos antigos mitos nórdicos. Nas sagas da Escandinávia, um banquete dos deuses foi interrompido quando Loki, o trapaceiro, apareceu como o 13º convidado inesperado. Com sua chegada, a festa desandou: briga, morte e caos. Aos poucos, o número 13 ganhou fama de maldição pura. Ninguém queria sentar-se numa mesa com 13 pessoas, dizendo que era pedir tragédias inesperadas.

Se a mitologia jogou a sementinha do azar, a religião cristã regou e fertilizou esse terreno. Na Última Ceia, contaram 13 à mesa — Jesus mais os doze apóstolos, incluindo Judas, que o traiu. E para piorar: Jesus foi crucificado numa sexta-feira, ligando sofrimento ao dia. O número 12 sempre apareceu como símbolo de perfeição na Bíblia (como as 12 tribos de Israel), então o 13, para quem gostava de numerologia, parecia o número do desequilíbrio, daquilo que sobra e desarruma a ordem das coisas.

Como a História e a Numerologia Alimentaram o Medo

Mas não para por aí. Durante a Idade Média, a sexta-feira virou dia maldito por motivos ainda mais sombrios. Nas pragas, nas condenações e principalmente durante a Inquisição, se intensificou a ideia de que as sextas eram dias de bruxaria, rituais macabros e perseguição. Prisões e execuções aconteciam, de propósito, em sextas-feiras para servir de aviso. Isso impregnava o imaginário popular, junto com histórias assustadoras passadas de boca em boca.

E aí entra o poder da numerologia: o número 12 era visto como símbolo da ordem, completude e estabilidade. É só pensar nos meses do ano ou nas casas do zodíaco. O 13, passando dessa contagem “perfeita”, era quase como um invasor, trazendo imprevisibilidade. Curiosamente, antes da ascensão do cristianismo, povos pagãos celebravam a sexta-feira e o número 13 como energias positivas — ligadas à deusa do amor e à fertilidade. Mas, com o passar dos séculos, o significado virou totalmente de cabeça para baixo.

A mistura de todos esses elementos — mitos que isolam o 13, passagens bíblicas que associam sexta-feira à tragédia, perseguições religiosas, além da numerologia — foi batendo, misturando e moldando esse temor coletivo que persiste até hoje. Para muita gente, sexta-feira 13 não é só uma data: é dia de não marcar compromissos importantes, evitar riscos e, claro, torcer para tudo correr bem.

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Sexta-feira 13 carrega fama de azar transmitida por lendas nórdicas, histórias bíblicas e perseguições históricas. Mitos, numerologia e mudanças culturais transformaram o número 13 e a sexta-feira em símbolos de infortúnio.

Comentários (16)

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    Edilaine Diniz junho 15, 2025 AT 03:18

    Eu sempre evito viajar nesse dia, mas nunca soube direito o porquê. Agora entendi melhor essa história toda, parece que o medo foi sendo construído aos poucos, como um mito que cresce com cada conto que ouvimos.
    Isso é tipo aquela lenda do espelho quebrado - ninguém sabe de onde veio, mas todo mundo evita.

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    Luiz Felipe Alves junho 15, 2025 AT 03:34

    Na verdade, o número 13 não era ruim pra ninguém antes do cristianismo. Os nórdicos viam como um ciclo completo - 12 deuses + Loki, o desafiador, que trazia transformação. O problema foi quando a Igreja precisou de um bode expiatório pra explicar o caos humano. Eles pegaram o que já existia e transformaram em pecado.
    Na verdade, o azar é só o medo de não controlar o imprevisível. E o 13 é só o espelho disso.
    Quem acha que é superstição, não entende que é psicologia coletiva. A gente teme o que não consegue explicar - e o 13 é a cara disso.

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    Ana Carolina Campos Teixeira junho 15, 2025 AT 08:52

    É curioso como pessoas comuns se deixam levar por narrativas arcaicas sem questionar sua origem. A ideia de que um número pode trazer maldição é uma falácia lógica que reflete uma incapacidade de lidar com a incerteza. A ciência não reconhece essas associações e, ainda assim, milhões se comportam como se fossem reais.
    Isso não é cultura. É ignorância disfarçada de tradição.

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    Luana da Silva junho 16, 2025 AT 05:13

    13. Sexta. Azar. Ponto. Não preciso de mais nada.

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    Raissa Souza junho 17, 2025 AT 03:44

    É impressionante como a massa aceita mitos sem crítica. A Igreja não inventou o medo do 13, ela apenas o instrumentalizou para controlar comportamentos. A verdade é que o poder religioso sempre precisou de inimigos simbólicos - e o número 13 serviu perfeitamente como um vilão inofensivo, que ninguém se atreve a defender.

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    Ligia Maxi junho 17, 2025 AT 11:14

    Eu lembro que quando eu era criança, minha avó nunca deixava ninguém sentar no 13º lugar da mesa. Se alguém chegava e a mesa tinha 13 cadeiras, ela botava um prato vazio no meio e dizia que era pra 'alguém que não veio'.
    Depois eu descobri que era um costume escandinavo, mas ela jurava que era pra 'afastar o mal'.
    Na verdade, ela só não queria que a gente se sentasse junto, porque aí a gente falava alto e ela não conseguia ouvir a novela.
    Hoje em dia, eu ainda evito o 13, mas só porque me lembro dela. Não por medo. Por saudade.
    E às vezes, quando a gente se senta no 13º lugar, eu coloco um copo d'água ali, só pra ela saber que eu não esqueci.
    Isso é o que realmente importa, não se é azar ou não. É o que a gente carrega dentro.

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    Thiago Silva junho 17, 2025 AT 15:55

    Isso tudo é besteira. Se sexta-feira 13 fosse mesmo azar, o mundo inteiro já teria sumido há séculos. Mas não. As pessoas continuam trabalhando, se casando, comprando carro, fazendo cirurgia. E nada acontece.
    É só um truque psicológico pra vender mais seguro, mais remédio e mais amuleto.
    Se você acredita nisso, é porque você não tem coragem de assumir que a vida é imprevisível por natureza. E aí você prefere culpar um número.

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    Gabriel Matelo junho 19, 2025 AT 06:06

    A cultura popular moderna amplificou esse mito com filmes como 'Sexta-Feira 13', mas a raiz é muito mais profunda. O número 13 aparece em rituais de iniciação em várias civilizações como um limiar entre o mundo conhecido e o desconhecido.
    No xamanismo, é o número da morte simbólica e renascimento. O cristianismo o demonizou porque não conseguia integrar o simbolismo pagão - preferiu apagá-lo, não compreendê-lo.
    Hoje, a ciência da psicologia social chama isso de 'viés de confirmação': vemos o azar onde queremos vê-lo, e ignoramos os milhares de sextas-feiras 13 que passaram sem nada de ruim.

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    Stephane Paula Sousa junho 19, 2025 AT 10:14

    o 13 é o numero que nao cabe no sistema mas ele ta la pra lembrar que nem tudo pode ser controlado e que o caos é parte da ordem tambem
    quem tem medo do 13 na verdade tem medo da liberdade
    porque se o numero 13 nao e ruim entao o que e ruim
    talvez seja a ideia de que nao temos controle
    e ai sim e assustador
    mas e verdade
    o azar nao esta no calendario
    esta na nossa cabeça

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    Pedro Vinicius junho 19, 2025 AT 16:17

    Na verdade, a Inquisição usava sexta-feira pra executar por que era o dia que menos pessoas iam à igreja. Então o povo não via, não se revoltava. Depois disso, o mito pegou porque as pessoas começaram a associar o silêncio com o mal.
    Quem disse que o azar vem do céu? O azar vem das decisões dos homens. E aí, quando a gente não quer assumir responsabilidade, a gente põe a culpa num número.

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    Mailin Evangelista junho 21, 2025 AT 04:41

    Claro que é azar. Você acha que é coincidência que tantos desastres acontecem nesse dia? O 13 é o número da ruptura. A natureza o evita. As plantas não crescem em padrões de 13. Os animais não se reproduzem em ciclos de 13. Isso não é superstição. É biologia.

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    Edilaine Diniz junho 22, 2025 AT 10:28

    Eu acho que o mais triste é que a gente ainda tem medo de algo que não faz sentido, mas não tem coragem de dizer que não acredita. É como se a gente tivesse vergonha de ser racional.
    Se eu disser que não acredito em azar, me chamam de cético. Se eu disser que acho que é só mito, me chamam de desrespeitoso.
    Por que a gente ainda precisa de inimigos invisíveis pra se sentir seguro?

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    Luiz Felipe Alves junho 24, 2025 AT 06:16

    Exatamente. O medo do 13 é um reflexo da nossa necessidade de controle. Quando a vida fica caótica, a gente quer um culpado. Um número. Um dia. Um símbolo.
    É mais fácil acreditar que o azar veio de fora do que aceitar que o caos é parte da vida.
    Na verdade, o 13 é o único número que não tenta fingir que é perfeito. Ele é o que é. E talvez seja isso que assusta: a verdade sem disfarce.

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    Andrea Silva junho 25, 2025 AT 11:53

    Na minha família, a gente sempre faz um jantar na sexta 13. Ninguém fala de azar. Só comemos, rimos e contamos histórias.
    Se o dia é ruim, é por causa da comida, não do número.
    Transformamos o medo em celebração. E aí, o que era superstição vira memória.
    Às vezes, o que a gente chama de azar é só o que a gente não entende ainda.

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    Gabriela Oliveira junho 26, 2025 AT 04:39

    Vocês acham que é só mito? Então por que toda vez que eu vejo sexta 13, algo ruim acontece? O carro quebrou, o computador travou, o meu chefe me chamou pra conversar. E não foi coincidência. É uma frequência. O 13 é um portal. Alguém sabe o que está do outro lado? Talvez não. Mas isso não significa que não existe.
    Se você não sente nada, é porque você ainda não abriu os olhos.

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    ivete ribeiro junho 27, 2025 AT 07:39

    Essa história toda é tão linda, mas tão linda que dói. O 13 não é azar. É o número da revolução silenciosa. A deusa da lua, a feminilidade, a intuição - tudo isso foi apagado pra dar espaço ao patriarcado que precisava de ordem, não de caos.
    Hoje, quando alguém evita o 13, está reforçando uma estrutura que quer apagar o que é misterioso, sensível, feminino.
    Eu me sento no 13º lugar. E sorrio. Porque eu não tenho medo do caos. Eu sou o caos.

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