Quando Flamengo entrou na reta final da temporada 2025, a expectativa era de mais gols e menos dúvidas, mas a realidade mostrou outra história. Nos últimos cinco jogos, o time marcou apenas três vezes e sofreu quatro, um contraste estranho depois de ter balançado a rede 108 vezes ao longo do ano.
A virada está marcada para três confrontos decisivos: Botafogo na quarta‑feira, 15 de outubro, às 20h15 (UTC); Palmeiras no domingo, 18 de outubro, no clássico do Campeonato Brasileiro; e o duelo da Libertadores semifinalSão Paulo contra o Racing Club, com ida em 22 e volta em 29 de outubro.
Contexto da crise ofensiva
O técnico Filipe Luís aproveitou a pausa da parada internacional da FIFA para reavaliar o setor de ataque, que vinha oscilar entre formações de três e quatro avançados. Desde o último confronto contra o Vasco da Gama, a equipe conquistou oito vitórias em nove partidas, mas a sequência recente tem sido marcada por empates e derrotas que geram incômodo na diretoria.
O trio tradicional Plata‑Pedro‑Samuel Lino apareceu apenas em quatro dos últimos onze jogos, enquanto o lado esquerdo tem sido a única posição com titular constante, atuando em dez partidas seguidas. Pedro, camisa 9, ainda não garantiu a titularidade plena, dividindo espaço com Bruno Henrique e Plata como centroavante.
Calendário de confrontos cruciais
O duelo contra o Botafogo será transmitido pela Record TV, Premiere e também pelo canal CazéTV no YouTube, garantindo ampla cobertura para a torcida. No gramado, o rendimento será testado sem a presença de Allan, Saúl Níguez e Federico Valverde (De La Cruz), que seguem no departamento médico.
Já a partida contra o Palmeiras será disputada em São Paulo, cidade que ainda guarda boas lembranças de vitórias históricas, mas também recorda o último revés em 2024 que custou ao time a liderança do campeonato. Para o clássico, o técnico tem em mente usar Luiz Araújo como referência nas investidas pelas pontas, apoiado por Samuel Lino na esquerda.
Estrategias técnicas de Filipe Luís
Nas últimas sessões de treino no Ninho do Urubu, o técnico tem experimentado o “4‑2‑3‑1” com variações de “2‑3‑5” nas finalizações, tentando dar mais liberdade ao risco nos contra‑ataques. A ideia, segundo entrevistas informais, é que o meio‑campo, comandado por Giorgian de Arrascaeta, assuma papel de criador de jogadas para reduzir a dependência de um único número 9.
Aliás, a busca por um “10” versátil é prioridade da diretoria. O nome de Róger Guedes, atualmente no Al‑Rayyan SC do Catar, já circula nas conversas como possível reforço. Guedes tem a característica de armar o jogo em espaços apertados, exatamente o que o Flamengo necessita para contornar a ausência de Gabigol, que foi negociado com o Cruzeiro em meio a controvérsias.
Mercado de transferências e prioridades
A diretoria, liderada pelo presidente Luiz Eduardo Baptista e pelo diretor de futebol José Boto, tem delineado um plano de ação: reforçar o lateral‑direito, o meio‑campo ofensivo e, claro, a linha de ataque.
O calendário de janelas está definido: de 3 de janeiro a 28 de fevereiro, de 2 a 10 de junho (exclusivamente para a disputa da Copa do Mundo de Clubes) e de 10 de julho a 2 de setembro. “Queremos fechar a venda de Wesley ainda neste semestre, para abrir espaço e capital”, declarou Boto em coletiva recente.
Além de Guedes, a lista inclui opções como Nicolas Júnior (ataque) e Santiago Serrano (meio‑campo), todos avaliados pelos scouts internos. O clube também tem um plano B: caso a venda de Wesley não se concretize, será considerado um empréstimo de longo prazo para o jogador, mantendo a opção de compra.
Impactos e expectativas
Os cinco jogadores suspensos (incluindo Gustavo e Diego – nomes fictícios para preservar a confidencialidade) aumentam a pressão sobre o elenco. A torcida, conhecida por sua exigência, já manifestou preocupação nas redes sociais, mas também demonstra confiança de que o técnico conseguirá achar soluções criativas.
Especialistas apontam que o desempenho nas próximas duas semanas será decisivo para determinar se o Flamengo vai manter o pódio até o fim da temporada ou se haverá necessidade de reestruturação profunda no próximo ano. “A fase é de alta tensão; se o time ganhar os três confrontos, a moral sobe e o mercado responde”, comenta o analista esportivo Carlos Medeiros da ESPN Brasil.
Próximos passos
Após o clássico contra o Palmeiras, a atenção ficará voltada para o primeiro jogo da semifinal da Libertadores em São Paulo, onde o Flamengo precisará silenciar aquelas vozes críticas que questionam a falta de gols. O plano de Filipe Luís parece envolver uma rotação de 11 jogadores, deixando a porta aberta para o retorno de Pedro em maio de 2025, caso o departamento médico dê alta.
Em paralelo, a diretoria seguirá monitorando a Europa em busca de oportunidades. O interesse de clubes ingleses e espanhóis por Wesley tem sido relatado como “alto”, o que pode acelerar a negociação de saída.
Perguntas Frequentes
Como a ausência de Gabigol afeta o ataque do Flamengo?
A saída de Gabigol deixa o time sem um finalizador de referência. Isso força o técnico a repartir a função entre Pedro, Bruno Henrique e Plata, o que, até agora, tem gerado pouca sinergia e reduzido o número de finalizações certeiras.
Quais são as principais opções de reforço para o ataque?
Entre os alvos estão Róger Guedes, do Al‑Rayyan, e Nicolas Júnior, que tem se destacado na liga mexicana. Ambos trazem criatividade e capacidade de drible em espaços curtos, exatamente o que o Flamengo precisa.
O que a diretoria espera da partida contra o Botafogo?
Além de garantir três pontos, a diretoria vê o clássico como um termômetro da moral da equipe. Uma vitória ajudaria a aliviar a pressão sobre Filipe Luís e a dar fôlego para a sequência de jogos decisivos.
Qual o risco de perder jogadores-chave no mercado de janeiro?
Se Wesley for vendido antes da janela de julho, o Flamengo precisará de um substituto imediato no lateral‑direito. A diretoria já tem nomes em vista, mas a negociação pode ser cara, impactando o orçamento para reforços ofensivos.
Como a torcida pode influenciar as decisões da diretoria?
A pressão da torcida nas redes sociais tem provocado respostas rápidas da diretoria, como a convocação de entrevistas e a confirmação de buscas por reforços. Contudo, decisões técnicas ainda permanecem sob a responsabilidade de Filipe Luís.
Vamo que vamo, o Fla tem que achar o gol, senão não tem moral pra enfrentar o Botafogo e o Palmeiras.
É curioso observar como a falta de sincronia entre o trio de ataque reflete uma crise existencial do próprio clube. A postura do técnico parece mais um exercício de autoengano do que uma solução pragmática. Enquanto a torcida fome de gols, o elenco parece preso em um labirinto de indecisões. Talvez seja hora de repensar a identidade ofensiva antes que o calendário nos condene.
Ao analisarmos a história recente do Flamengo, percebemos uma série de nuances, intricadas, que demandam atenção; o uso do 4‑2‑3‑1 tem sido mais experimental do que estruturado, e a falta de um “10” clássico deixa o meio‑campo vulnerável, além disso, a pressão da mídia se torna um peso adicional, não podemos ignorar a influência dos torcedores na tomada de decisão, e, por fim, a janela de transferências abre possibilidades, mas também cria ansiedade.
Calma aí, torcida! O Filipe tem trabalhado duro nos treinos, os jogadores já mostram mais movimentação, vamos confiar e apoiar o time! 🔥💪
A crise ofensiva do Flamengo não é coisa de destino, é consequência direta da arrogância de uma diretoria que acredita que basta trocar um nome para resolver tudo. O técnico, ao se perder em formações extravagantes, demonstra mais preocupação em agradar analistas do que em entregar resultados concretos. Os três atacantes titulares vivem uma disputa de egos, incapazes de entender que o futebol é coletivo, não um espetáculo de ego. A ausência de Gabigol foi tratada com a mesma leviandade com que se fala de transferências de inverno, como se fosse só mais um detalhe. Os torcedores, ao exigirem gols, não são apenas exigentes, são sensatos diante de um histórico de 108 gols que virou número simbólico vazio. A tentativa de trazer Róger Guedes parece mais um feitiço de última hora do que um plano estratégico bem elaborado. Enquanto isso, a diretoria ilude a torcida com promessas de vendas de Wesley, mas não apresenta alternativas viáveis para o lateral‑direito. O treinamento no Ninho do Urubu tem sido um desfile de táticas sem aplicação prática, um verdadeiro circo de ideias. A pressão da imprensa só alimenta o clima de desconfiança, mas o clube parece indiferente a críticas construtivas. Os jogadores lesionados, como Allan e Valverde, são apenas a ponta do iceberg de um problema maior de gestão de elenco. É inadmissível que em pleno 2025 ainda se questione a importância de um “10” criativo, como se fosse novidade. O fim da crise depende de coragem para mudar, não de discursos vazios nas coletivas. Se o Flamengo não assumir responsabilidade e agir com transparência, a moral da equipe continuará em declínio. Os próximos clássicos são oportunidades de redenção, mas também podem selar o fracasso se o técnico persistir na mesmice. A torcida merece mais do que promessas, merece resultados tangíveis enfeitados com gols. Portanto, é imprescindível que a diretoria e o técnico alinhem suas estratégias e parem de se esconder atrás de teorias de futebol.
Observa‑se, com notável precisão, que a situação atual do Flamengo requer uma análise aprofundada que transcenda meras estatísticas de gols. A administração, ao deliberar sobre a potencial negociação de Wesley, deve considerar o impacto sistêmico sobre a estrutura defensiva do elenco. Além disso, a busca por um reforço ofensivo, como Róger Guedes, revela a necessidade de diversificação tática que se faz premente. É mister que o técnico Filipe Luís implemente um esquema que maximize a criatividade de Arrascaeta sem comprometer a solidez defensiva. Assim, a conjugação entre decisões de diretoria e estratégias de treinamento pode definir o futuro competitivo do clube.