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Flamengo vence Internacional por 1 a 0 no Maracanã e abre vantagem na Libertadores

Flamengo vence Internacional por 1 a 0 no Maracanã e abre vantagem na Libertadores
Gisele Henriques 31 outubro 2025 0 Comentários

Na noite de 13 de agosto de 2025, o Flamengo quebrou o silêncio do Maracanã com um gol de cabeça e uma torcida em frenesi. Derrotando o Internacional por 1 a 0, o time carioca garantiu vantagem decisiva nas oitavas da Copa Libertadores da AméricaRio de Janeiro, com um gol do veterano Bruno Henrique Pinto aos 28 minutos do primeiro tempo. A partida, assistida por 78.412 torcedores — recorde absoluto para times brasileiros na história da competição, segundo a GE Globo — foi mais do que um jogo: foi um ritual de poder, de memória e de contradições.

Um gol que revive memórias

O gol veio de um escanteio bem cobrado por Luiz Araújo (7), que cruzou raso para o fundo da área. Bruno Henrique, aos 34 anos, saltou como um homem que ainda tem fome — e cabeceou com precisão, encobrindo o goleiro Agustín Rossi. Foi o mesmo cenário de 2019: ele fez dois gols na primeira partida contra o Inter no Maracanã, e o Flamengo avançou. Agora, ele repete a dose. Só que desta vez, o clima é outro. O jogador, que há meses enfrenta acusações de manipulação de resultados por conta de uma aposta feita por seu irmão, Wander Nunes Júnior, continua em campo como se nada houvesse. A justiça não o suspendeu. A torcida, não o abandonou.

Controle, dor e substituição

O Flamengo dominou 66,5% da posse de bola, segundo análise da beIN SPORTS, e pressionou desde o primeiro minuto. Aos 12, Luiz Araújo cortou para dentro pela direita e disparou: Rossi, com um reflexo digno de campeão, espalmou a bola por pouco. Mas a partida não foi só técnica. Foi física. No 37º minuto, Emerson Royal (22), o lateral direito, caiu após uma disputa com o zagueiro do Inter. A lesão foi confirmada: entorse no tornozelo esquerdo. Ele saiu aos prantos, e Guillermo Varela (2G) entrou para o lugar. O técnico, ainda que sem falar, parecia saber: não dava para correr riscos. A segunda perna de Emerson é essencial para o segundo jogo em Porto Alegre.

Inter melhora, mas não basta

Na segunda etapa, o Inter acordou. Ricardo Mathias, o jovem meia de 21 anos, virou a alma da equipe. Avançava, arriscava, pressionava. Rossi, por sua vez, fez três defesas decisivas — uma delas em chute de Pedro, aos 82 minutos. Mas o time gaúcho sofreu com a falta de precisão na finalização. O ataque, que tinha em Lucas Braga e Matheus Doria opções criativas, não encontrou espaço. A defesa do Flamengo, com Léo Pereira e Léo Ortiz imponentes, fechou como uma muralha. O árbitro Dario Herrera marcou sete escanteios para o Flamengo — e nenhum para o Inter.

Um estádio dividido, mas não conquistado

Um estádio dividido, mas não conquistado

Quem esperava um Maracanã só de rubro-negros se enganou. O Inter trouxe cerca de 15 mil torcedores — quase toda a lotação da arquibancada visitante. Muitos vestiam camisas antigas de 2006, quando o Inter venceu a Libertadores. Alguns até fizeram piquenique na Copacabana antes da partida, como se estivessem em casa. Mas o grito final foi só de um lado. A torcida do Flamengo entoou o hino com força, como se quisesse apagar qualquer sombra de dúvida: este é o seu território.

Um treinador italiano e um ídolo no meio

Entre os convidados especiais, o mais surpreendente foi Carlo Ancelotti, o técnico da seleção brasileira. Ele assistiu ao jogo das cabines de transmissão, ao lado de Rodrigo Caetano, diretor da CBF. Mas o momento mais quente foi o intervalo: Ancelotti foi até a sala de imprensa e conversou com Zico, o maior ídolo do clube. A conversa durou 12 minutos. Ninguém soube o que disseram. Mas o clima era de respeito mútuo — e talvez, de um recado silencioso: o Flamengo ainda é o time que define o futebol brasileiro.

Um patrocínio que não desapareceu

Um patrocínio que não desapareceu

Horas antes da bola rolar, o Flamengo anunciou o fim da parceria com a plataforma de apostas Pixbet. Alegaram “reavaliação ética”. Mas na camisa dos jogadores, o logotipo continuava. A diretoria confirmou: “A mudança não foi aplicada a tempo na produção das camisas”. Um erro administrativo? Ou uma escolha calculada? A torcida não perdoa. Nas redes, o #PixbetNoFlamengo virou tendência. A confusão é mais um capítulo na saga de um clube que vive entre glória e controvérsia.

O que vem a seguir

A volta será em Porto Alegre, no Beira-Rio. A data ainda não foi divulgada, mas deve ser entre 20 e 23 de agosto. O Inter precisa vencer por dois gols de diferença — ou vencer por 1 a 0 e ir para a prorrogação. O Flamengo, com apenas um empate, avança. É uma vantagem quase irreal. Mas o futebol não obedece lógicas. Em 2019, o Inter venceu por 1 a 0 em casa e foi eliminado por causa da regra do gol marcado fora. O que acontecerá desta vez? O clima no Beira-Rio será infernal. A torcida gaúcha não esquece. E o Bruno Henrique? Ele sabe que, se marcar, será o herói. Se não marcar, será o alvo.

Frequently Asked Questions

Como o gol de Bruno Henrique compara com o de 2019?

Em 2019, Bruno Henrique marcou dois gols na primeira partida contra o Inter no Maracanã — ambos de cabeça, em escanteios. Desta vez, foi apenas um, mas o contexto é mais pesado: ele está sob acusação de manipulação de resultados e a equipe enfrenta crise de imagem. O gol de 2025 tem o peso da redenção, não só do desempenho.

Por que o Flamengo ainda usa o logotipo da Pixbet?

Apesar de o clube ter anunciado o fim do patrocínio horas antes do jogo, as camisas já haviam sido produzidas e enviadas. A diretoria admitiu falha logística, mas não retirou os símbolos. Isso gerou críticas por falta de transparência, especialmente após a polêmica envolvendo apostas e o irmão do jogador.

Qual é o impacto da lesão de Emerson Royal?

Emerson é peça-chave no ataque pelo lado direito, com sua velocidade e entrega. Sua ausência no Beira-Rio força o técnico a recorrer a Varela, mais defensivo. Isso pode reduzir a amplitude do ataque flamenguista, o que favorece o Inter, que tende a pressionar alto. A ausência dele é um dos principais fatores que podem mudar o resultado na volta.

Por que a presença de Ancelotti é significativa?

Ancelotti, treinador da seleção brasileira, não costuma assistir jogos de clubes. Sua presença no Maracanã, especialmente ao lado de Zico, sinaliza interesse em observar jogadores para a seleção. Bruno Henrique, Léo Pereira e Ricardo Mathias estão na mira. O jogo foi, de certa forma, uma avaliação em tempo real.

O que o recorde de público significa para a Libertadores?

O recorde de 78.412 torcedores é o maior já registrado por um time brasileiro em uma partida da Libertadores — superando até o clássico Flamengo x River Plate em 2019. Isso mostra que o torcedor brasileiro ainda acredita na competição, apesar da crise econômica. A CONMEBOL pode usar esse número para pressionar por mais investimentos e melhores datas de jogos.

O Inter ainda tem chances de avançar?

Tem, mas é difícil. Precisa vencer por dois gols sem sofrer — ou vencer por 1 a 0 e vencer na prorrogação. O Beira-Rio é um caldeirão, mas o Flamengo tem mais experiência em jogos decisivos. Além disso, o Inter sofre com a falta de eficiência ofensiva. A pressão será enorme, mas o favorito ainda é o time carioca.

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