Transferência: guia rápido de Pix, TED e limites

Se você já tentou enviar dinheiro pelo celular, sabe que o assunto pode ficar confuso quando surgem limites e bloqueios. Vamos simplificar tudo que envolve transferência de valores no Brasil: como funciona o Pix, o que mudou no TED e quais são as regras de limite que o Banco Central impôs recentemente.

Limite de R$15 mil para Pix e TED em instituições não autorizadas

Em agosto de 2025 o Banco Central decidiu que instituições de pagamento que não têm autorização ou que operam como PSTI (Pagadoras de Serviços de Transferência Interbancária) só podem fazer transferências de até R$15 mil por operação. Isso vale tanto para o Pix quanto para o TED. A ideia é fechar brechas que criminosos usam para lavar dinheiro ou aplicar golpes.

Se você usa um app de fintech que ainda não tem licença completa, pode se deparar com a mensagem de que a transação foi bloqueada. Não é erro seu; é a regra que entrou em vigor imediatamente. O limite serve como camada extra de proteção, mas também significa que quem precisa enviar valores maiores deve recorrer a bancos tradicionais ou esperar que a fintech consiga a autorização.

Dicas práticas para evitar problemas nas suas transferências

1. Confira a instituição antes de enviar: veja se o nome da sua fintech aparece como autorizada pelo Banco Central. A informação costuma estar na página de “Sobre nós” ou no próprio app.

2. Planeje o valor: se precisar de mais de R$15 mil, divida a operação em parcelas ou use a conta corrente de um banco com autorização plena.

3. Fique atento a falhas técnicas: caso seu banco sofra pane digital, como a ocorrida no Itaú em junho de 2025, pode haver atrasos no Pix e no Internet Banking. Nesses momentos, procure o canal de atendimento e evite fazer novos pagamentos críticos até o serviço normalizar.

4. Use a autenticação de dois fatores: a maioria dos bancos oferece token por SMS ou aplicativo. Ativar esse recurso reduz muito o risco de fraudes.

5. Guarde os comprovantes: ao confirmar a transferência, salve o recibo ou faça um print. Se algo sair errado, isso facilita a reclamação junto ao banco ou à ouvidoria.

Além das regras de limite, vale lembrar que o Pix tem a vantagem de ser instantâneo – o dinheiro chega em até 10 segundos, inclusive fora do horário bancário. Já o TED costuma levar algumas horas e só funciona em dias úteis. Por isso, para pagamentos urgentes, o Pix é a escolha mais prática, desde que o valor esteja dentro do limite permitido.

Se você ainda tem dúvidas sobre como usar esses serviços ou quer saber se a sua conta já está em conformidade com as novas exigências, o melhor caminho é entrar em contato direto com o suporte da sua instituição. Eles podem confirmar a licença, explicar os limites e orientar sobre alternativas para transferências maiores.

Fique de olho nas notícias, porque o cenário regulatório pode mudar novamente. O Banco Central costuma anunciar ajustes com antecedência, e ficar bem informado evita surpresas na hora de movimentar seu dinheiro.