Você já parou pra pensar quantas vezes abriu a torneira e tomou água sem se preocupar? Essa sensação de segurança vem do saneamento básico, mas ainda falta muito em várias regiões do país. Falta de tratamento de água e coleta de esgoto pode causar doenças, poluir rios e aumentar a conta de saúde das famílias.
Primeiro, a cobertura de água tratada ainda está longe de ser universal. Segundo, mais da metade dos municípios não tem rede de coleta de esgoto. Esses números refletem falta de investimento, burocracia e, às vezes, pouca vontade política. Quando a água não chega limpa, as pessoas recorrem a fontes duvidosas e acabam se expondo a riscos como a diarréia ou a hepatite.
Além disso, o descarte inadequado de resíduos industriais e domésticos gera manchas nos rios, atrai mosquitos e piora a qualidade de vida nas comunidades próximas. A gente sente na prática: cheiro forte, rios encanados e até aumento de casos de verminoses nas escolas.
Uma solução que vem dando resultados é a implantação de sistemas de tratamento descentralizados, como as estações de tratamento de esgoto compactas (ETEC). Elas podem ser instaladas em bairros pequenos ou comunidades rurais, reduzindo custos de extensão de redes largas.
Outra iniciativa é o reaproveitamento de água de chuva para usos não potáveis, como irrigação de jardins e lavagem de calçadas. Essa prática corta o consumo de água tratada e ainda diminui o volume de esgoto nos dias de chuva.
Na esfera comunitária, programas de educação ambiental são essenciais. Quando as crianças aprendem a importância de não jogar lixo nas ruas ou nos rios, o efeito se espalha para toda a família. Campanhas locais de coleta seletiva e de conscientização sobre o uso correto de produtos químicos também ajudam a manter a água dos rios mais limpa.
Por fim, a pressão popular faz diferença. Exigir transparência nos gastos de obras de saneamento e participar das audiências públicas pode acelerar a entrega de projetos. Muitos municípios já criaram portais online onde os cidadãos acompanham o andamento das obras – vale a pena conferir e cobrar.
Se você quer contribuir, pode começar verificando se sua casa tem vazamentos e consertando-os rapidamente. Cada litro economizado significa menos pressão sobre a rede de água e menos esgoto a ser tratado.
O futuro do saneamento no Brasil depende de ação conjunta: governo, empresas e cidadãos. Quando todos se unem, a água limpa deixa de ser privilégio e vira direito de todos.
A Sabesp foi privatizada na maior oferta de saneamento do Brasil, arrecadando R$ 14,8 bilhões. A operação, dividida em duas etapas, contou com a Equatorial como investidora de referência. Espera-se que a privatização aumente a eficiência e a capacidade de investimento da empresa, que planeja investir R$ 70 bilhões até 2029 para universalizar os serviços de água e esgoto no estado de São Paulo.