Quando alguém fala em contrato, muita gente pensa em papel cheio de juridiquês que só advogados entendem. Na real, um contrato é só um acordo escrito que deixa claro o que cada parte deve fazer ou entregar. Ele serve pra evitar confusões, proteger seu dinheiro e garantir que todo mundo cumpra a palavra. Por isso, entender os pontos essenciais pode salvar você de dores de cabeça no futuro.
Existem vários modelos que aparecem no dia a dia. O mais básico é o contrato de prestação de serviços, usado quando alguém contrata um profissional – pode ser um eletricista, um designer ou um consultor. Outro frequente é o contrato de compra e venda, que regula a troca de bens, seja um carro, um imóvel ou até um celular usado. Também tem o contrato de locação, que define as regras de aluguel de imóveis ou equipamentos, e o contrato de trabalho, que detalha salário, jornada e direitos do empregado. Cada um tem cláusulas específicas, mas todos compartilham alguns elementos que não podem faltar.
Primeiro, escreva de forma clara. Evite termos vagos como "em breve" ou "possivelmente"; substitua por datas e valores concretos. Segundo, inclua as informações completas das partes: nome, CPF ou CNPJ, endereço e telefone. Terceiro, detalhe todas as obrigações: o que será entregue, quando, como será pago e o que acontece se houver atraso. Quarto, preveja penalidades – multas ou juros – para deixar tudo mais justo caso alguém descumpra o acordo. Por último, não subestime a importância da assinatura de duas testemunhas ou de reconhecimento de firma em cartório, principalmente em contratos de valor mais alto.
Um exemplo prático: se você vai contratar um pintor, deixe no contrato o tipo de tinta, a cor, a área a ser pintada, o prazo de conclusão e o valor total. Ainda, especifique se o pagamento será 50% na assinatura e 50% na entrega, e inclua uma cláusula de multa de 10% caso o pintor não termine no prazo combinado. Assim, se algo der errado, você tem respaldo para cobrar.
Vale lembrar que, embora seja possível criar um contrato simples sozinho, em situações mais complexas – como compra de imóveis ou acordos empresariais – vale a pena consultar um advogado. Ele pode ajustar cláusulas que estejam em risco de serem anuladas ou que deixem brechas para interpretação.
Outro ponto que muita gente esquece é a validade do contrato digital. Hoje em dia, assinaturas eletrônicas têm força legal, desde que cumpram as exigências da legislação (como certificado digital ou plataforma reconhecida). Isso facilita fechar negócios à distância, mas nunca deixe de guardar a prova da assinatura.
Se você já tem um contrato em mãos, reserve um tempo para ler cada parágrafo antes de assinar. Pergunte ao outro lado se algo não ficou claro; clareza evita disputa. E se surgir um problema depois, tente resolver amigavelmente primeiro, porque o processo judicial costuma ser caro e demorado.
Resumindo, contrato é a sua ferramenta de proteção: escolha o modelo certo, escreva detalhes claros, inclua penalidades e, quando precisar, peça ajuda de um especialista. Seguindo essas dicas, você reduz o risco de surpresas e garante que o acordo funcione para todos os envolvidos.
Gustavo Mosquito, jogador de 26 anos, pediu a rescisão de contrato com o Corinthians devido a salários atrasados. A solicitação oficial ocorreu em 3 de julho de 2024. A decisão reflete as dificuldades financeiras do clube, que têm afetado a compensação dos jogadores.