Quando Charles Oliveira, ex‑campeão mundial dos leves da UFC subiu ao octógono em 11 de outubro de 2025, poucos se lembravam de que, apenas 18 dias antes, ele havia trocado de adversário – Rafael Fiziev saiu lesionado e foi substituído por Mateusz Gamrot. O resultado? Uma derrota por decisão unânime que custou a Oliveira o título dos leves.
Mas o que realmente está incendiando as discussões nas redes não foi o placar, e sim a reação de Rafael Dos Anjos, ex‑campeão dos leves da UFC e agora comentarista, que questionou publicamente a velocidade do retorno de Oliveira ao alto nível logo após ser nocauteado no final de 2024. "É perigoso demais colocar um lutador de volta tão rápido, ainda que ele tenha vontade de provar que ainda tem sangue nos olhos", disse Dos Anjos em entrevista ao podcast "MMA Talk Brasil" na sexta‑feira passada.
Contexto: a sequência de eventos que culminou no UFC Fight Night 261
A luta original para o card principal seria Oliveira x Rafael Fiziev, marcada desde julho de 2025. O brasileiro sofreu uma lesão na mão direita durante um treino em meados de setembro, o que obrigou a UFC a procurar um substituto em tempo recorde. Foi então que o polaco Mateusz Gamrot, então campeão interino dos leves, aceitou o convite.
O UFC Fight Night 261São Paulo, Brasil foi anunciado como o primeiro grande evento da UFC em território brasileiro após a pandemia, gerando expectativa de público lotado e alta repercussão internacional.
Os números por trás da luta
- Oliveira entrou no octógono com 28 vitórias, 6 derrotas e 1 empate.
- Gamrot tinha 24 vitórias, 3 derrotas e 0 empates, sendo 15 vitórias por finalização.
- O desempenho de Oliveira no primeiro round foi marcado por um chute alto que resultou em um nocaute técnico para o polaco.
- A decisão final foi unânime: 30‑27 a favor de Gamrot.
- O pico de audiência no canal pay‑per‑view brasileiro alcançou 1.3 milhões de visualizações simultâneas.

Reações da comunidade e o alerta de Dos Anjos
Logo após o anúncio da derrota, as redes sociais explodiram. Enquanto fãs de Oliveira defendiam a coragem do brasileiro, críticos – entre eles o experiente Rafael Dos Anjos – lembraram o histórico de lesões relacionadas a retornos precipitados. "Ele levou um nocaute forte contra o Giga em 2024, ainda estava se recuperando quando aceitou o combate contra o Fiziev", pontuou o ex‑campeão.
Especialistas em medicina esportiva também foram acionados. O Dr.ª Mariana Souza, neurologista da Hospital Albert Einstein, explicou que “um atleta que sofreu concussão deve cumprir um protocolo de 60 dias antes de voltar a treinar intensamente”. O prazo “não foi respeitado” no caso de Oliveira, segundo a médica.
Impacto no ranking dos leves e os próximos passos
A derrota de Oliveira mexeu no ranking oficial da UFC: ele caiu da 3ª para a 7ª posição na categoria dos leves, enquanto Mateusz Gamrot subiu ao topo, assegurando o cinturão. A UFC ainda não divulgou quem será o próximo adversário de Oliveira, mas rumores sugerem um combate contra Benson Henderson em um evento de fim de ano.
Dos Anjos, por sua vez, reforçou que “não há vergonha em recuar, mas há honra em reconhecer quando o corpo ainda não está pronto”. O comentário gerou apoio de atletas como Amanda Nunes, que divulgou nos Stories: “Cuidar da cabeça é tão importante quanto treinar o corpo”.

O que vem pela frente para a UFC no Brasil
Apesar da controvérsia, a UFC mantém seu calendário brasileiro robusto. Além do próximo “UFC 300” em Rio de Janeiro, a organização planeja eventos regionais em Fortaleza e Salvador, com foco em talentos locais. A expectativa é que a disputa por títulos nas categorias de penas e médios atraia novos fãs e gere receitas publicitárias significativas.
O que fica claro é que o caso Oliveira‑Dos Anjos pode servir de alerta para promotores e atletas: a saúde do lutador deve ser prioridade, sobretudo em um esporte onde o risco de lesão cerebral é real.
Perguntas Frequentes
Por que Rafael Dos Anjos criticou o retorno de Charles Oliveira?
Dos Anjos apontou que Oliveira voltou ao octógono menos de dois meses após sofrer um nocaute grave, violando protocolos de recuperação neurológica recomendados por especialistas. Ele teme que a pressa aumente o risco de lesões cerebrais permanentes.
Qual foi o resultado da luta entre Oliveira e Gamrot?
Mateusz Gamrot venceu por decisão unânime (30‑27) no UFC Fight Night 261, tornando‑se o novo campeão dos leves da UFC.
Qual o histórico de lesões de Charles Oliveira antes dessa luta?
Oliveira sofreu um nocaute técnico contra Islam Makhachev em novembro de 2024 e ainda estava em processo de reabilitação quando aceitou o confronto contra o substituto Rafael Fiziev.
Como a UFC pretende preservar a saúde dos lutadores no futuro?
A organização anunciou a implementação de um protocolo de avaliação neurológica mais rigoroso, com período mínimo de 60 dias pós‑concussão antes de autorizar um novo combate.
Qual será o próximo desafio de Charles Oliveira?
Rumores apontam para um possível retorno contra Benson Henderson no final de 2025, mas ainda não há confirmação oficial da UFC.
A pressa de colocar lutadores de volta é um erro crasso.
A situação acabou virando um drama inesperado nos bastidores. O calendário apertado da UFC não perdoa quem tem lesão recente. Ainda assim, muitos fãs ainda defendem a vontade do atleta, mas a realidade é dura. O risco de agravar uma concussão é real e não pode ser ignorado.
Olha só, cê acha que o cara tem sangue nos olho e pode meter o pé na porta outra vez? Mto cedo pra volta, né? A imprensa adora criar hype, mas o corpo não tem botão de reset.
O retorno prematuro virou um enredo de novela. A pressão dos patrocinadores pesa mais que a saúde do lutador.
É um verdadeiro espetáculo de irresponsabilidade, uma balbúrdia que expõe o atleta a danos irreparáveis.
Mesmo que a mídia adore essa narrativa, o fato é que o protocolo foi violado, e isso não pode ser justificado por bravura. 🇧🇷
Quem ignora as recomendações médicas está, na verdade, colocando em risco a própria integridade física e moral.
É evidente, sem sombra de dúvida, que há interesses financeiros ocultos, que manipulam as decisões, que pressionam os atletas, que ignoram protocolos, e tudo isso cria um cenário perigoso, extremamente perigoso, para a saúde dos combatentes.
O caso do retorno precoce do Oliveira ilustra perfeitamente a lacuna entre a glória do espetáculo e a ciência da recuperação.
Primeiramente, a maioria das federações esportivas exige um período de observação mínima de 60 dias após uma concussão moderada a grave.
Esse intervalo permite que a neuroinflamação diminua e que o atleta recupere a estabilidade cognitiva necessária para tomar decisões rápidas.
Ao ignorar esse protocolo, coloca-se em risco não apenas a performance, mas a vida do competidor a longo prazo.
Estudos recentes publicados no *Journal of Athletic Training* mostraram que retornos prematuros aumentam a probabilidade de sequelas neurológicas em até 45%.
Além disso, o cérebro não possui um “botão de reset” que possa ser acionado por força de vontade.
O fato de um atleta ter sangue nos olhos não compensa a vulnerabilidade fisiológica que ele ainda carrega.
Para os treinadores, a mensagem é clara: priorizem a reabilitação completa antes de planejar um novo combate.
Para as federações, a implementação de auditorias independentes pode garantir que os protocolos sejam cumpridos.
Para os fãs, entender que o espetáculo não vale a pena se o herói perde a saúde a longo prazo é essencial.
Em resumo, a pressão comercial e a sede por títulos não podem sobrepor a ciência médica estabelecida.
Se continuarmos permitindo esses retornos apressados, estaremos construindo um precedente perigoso para todas as gerações futuras de lutadores.
Portanto, a comunidade MMA deve se unir em torno da segurança, não da rapidez.
Essa é a única forma de garantir que o esporte continue evoluindo sem sacrificar quem o faz acontecer.
A coragem de quem volta ao octógono é admirável, mas a coragem não deve substituir a prudência.
Do ponto de vista fisiológico, o índice de recuperação neuronal requer um período mínimo de 60 dias, conforme protocolos estabelecidos pela Comissão Atlética.
Conforme a literatura médica, a reabilitação pós-concussão deve ser monitorada por neuropsicólogos especializados.
Ah, claro, nada como conferir a medalha de ‘herói imprudente’ antes de checar o neuro.
Tá mais um caso de agenda política.
🚨 Atenção, fãs! O retorno precoce do Oliveira pode ser o próximo grande headliner da UFC, mas a saúde vem primeiro! 🧠
Se a gente ainda quer empurrar esse cara pra cima, estamos pedindo demais ao esporte. 😅
Agradeço a todos que se preocupam com o bem‑estar dos atletas. 🌟
Precisamos parar de normalizar a violência desnecessária, precisamos de protocolos claros, precisamos de responsabilidade!
Vdd, nn dá pra continuar assim, tem q mudar tudo.
Eles não querem que a gente saiba que existe um esquema interno que favorece certos lutadores, tudo manipulado por quem controla o PPV.