Quando Donald John Trump, presidente dos Estados Unidos chegou a assinar o acordo de cessar‑fogo em Gaza, o mundo prendeu a respiração. Na manhã de 13 de outubro de 2025, o Hamas devolveu 20 reféns israelenses que viviam sob custódia desde o ataque de 7 de outubro de 2023, enquanto Israel libertou cerca de 2 mil prisioneiros palestinos. Essa troca, mediada por Egito, Catar e Turquia, promete mudar o rumo de um conflito que já dura mais de dois anos.
Contexto do conflito e das negociações
A Faixa de Gaza tem sido palco de confrontos intensos desde 2007, mas o ponto de inflexão veio após a ofensiva de outubro de 2023, quando o Hamas capturou 251 civis israelenses. As negociações de paz sempre foram voláteis; ainda assim, no final de setembro de 2025, o governo americano, liderado por Trump, apresentou um plano que previa a libertação mútua de prisioneiros e a retirada parcial das tropas israelenses.
A iniciativa contou com a participação da Cruz Vermelha Internacional, que atuou como mediadora humanitária, garantindo a segurança das transferências. O acordo foi assinado oficialmente no Cairo, Egito, às 15h00, com a presença de Trump, do primeiro‑ministro Benjamin Netanyahu e do emir do Catar, Tamim bin Hamad Al Thani.
Detalhes da troca de prisioneiros
Às 8h10, equipes da Cruz Vermelha receberam os 20 israelenses — entre eles Matan Agreste e Gali Ziv Berman — em um ponto de passagem da fronteira de Rafah. Nenhuma cerimônia pública foi organizada; a entrega foi silenciosa, refletindo a delicadeza do momento.
Quinze minutos depois, a Forças de Defesa de Israel confirmaram a libertação de quase 2 mil detentos palestinos, a maioria presos por atividades relacionadas ao Hamas. O número exato ainda está sendo verificado pelas autoridades israelenses, mas a estimativa oficial indica 1.987 indivíduos.
O general Hertzi Halevi, chefe do Estado‑Maior das FDI, divulgou um comunicado às 6h45, reforçando que as tropas permaneceriam em alerta para eventuais incidentes, mas que a prioridade agora era garantir a segurança dos retornados.

Reações dos líderes e da comunidade internacional
Em entrevista ao Jornal da Manhã da Jovem Pan, o analista Manuel Furriela descreveu a operação como "um alívio imediato para as famílias, mas apenas o primeiro passo de um processo de paz muito mais complexo".
O presidente Trump, em discurso no Parlamento de Israel às 18h00, ressaltou que os Estados Unidos continuariam a pressionar por uma solução política duradoura, enquanto Netanyahu reiterou que a redução da ocupação de Gaza de 75 % para 53 % seria cumprida dentro de 90 dias.
Por outro lado, o Hamas divulgou um comunicado às 7h20 afirmando que não entregaria suas armas nem aceitaria tutela estrangeira na governança de Gaza, mantendo firme sua posição sobre a soberania do território.
Implicações para a ocupação em Gaza
O infográfico publicado pelo portal G1 à 10h15 mostrou que a área de ocupação israelense deveria recuar progressivamente, liberando zonas urbanas para administração palestina. Ainda assim, a transferência de poder permanece incerta; o Ministério das Relações Exteriores de Israel informou que as próximas fases do acordo — sobretudo a criação de uma autoridade civil em Gaza — ainda estão em negociação.
Especialistas em direito internacional alertam que qualquer mudança de status deve respeitar as resoluções da ONU, sobretudo a 2334, que considera os assentamentos ilegais. A comunidade da ONU ainda monitora a situação de perto, enviando equipes de observadores para garantir a implementação dos termos.

Próximos passos e desafios
Nos próximos dias, espera‑se que as partes definam um calendário detalhado para a retirada de tropas, a reconstrução de infraestrutura civil e a liberação de recursos humanitários. O último obstáculo pode ser a questão armamentista: o Hamas continua a fabrilizar coletes e foguetes, fato que, segundo analistas israelenses, pode atrasar qualquer acordo de segurança.
Além disso, a população de Gaza — cerca de 2,3 milhões de habitantes — ainda vive sob bloqueios de bens essenciais. Organizações como a Cruz Vermelha pedem reforço de corredores humanitários, enquanto o governo dos EUA promete um pacote de auxílio de US$ 400 milhões para projetos de energia e água.
Em suma, a libertação dos reféns marca um marco histórico, mas o caminho para uma paz sustentável ainda está cheio de pedras.
Perguntas Frequentes
Como a libertação dos 20 reféns afeta as famílias israelenses?
A volta dos 20 cidadãos israelenses encerra um longo período de incerteza e sofrimento. Muitos familiares relataram terem vivido dias de ansiedade extrema; agora recebem apoio psicológico e assistência para a reintegração, mas ainda enfrentam traumas decorrentes do longo cativeiro.
Quantos prisioneiros palestinos foram realmente libertados?
As Forças de Defesa de Israel anunciaram que aproximadamente 1.987 prisioneiros palestinos foram liberados, número que inclui combatentes do Hamas, membros de facções menores e civis detidos por razões de segurança.
Qual o papel dos Estados Unidos no acordo?
O governo de Donald Trump atuou como mediador principal, oferecendo garantias de segurança e um pacote econômico de US$ 400 milhões para Gaza. Além disso, Washington pressionou por garantias de desarmamento do Hamas e pela retirada gradual das tropas israelenses.
O que acontece se o Hamas não entregar suas armas?
A recusa do Hamas em desarmar‑se pode fechar portas para novos estágios do acordo, como a entrada de observadores internacionais. Israel tem sinalizado que manterá presença militar em pontos estratégicos até que haja comprovação de cessar‑fogo efetivo.
Quais são os próximos passos para a retirada das tropas israelenses?
Um cronograma de 90 dias foi divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores de Israel, prevendo a redução da presença de forças de 75 % para 53 % da área total de Gaza. A retirada será feita em fases, acompanhada por verificações da ONU e da Cruz Vermelha.
É estranho como a história se repete sem aviso, cada acordo parece um suspiro no caos, a troca de prisioneiros traz um alívio temporario mas não resolve a raiz que é a falta de entendimento entre povos, talvez a paz precise ser mais que papel assinadp, talvez seja preciso ouvir as vozes dos que sofrem sem medo de retaliação e talvez só assim haja mudança